quarta-feira, 30 de abril de 2008

quatro horas da manhã!

as horas tem me roubado o sono
de noite, já não sei mais...
como se fecham os olhos...

não sei escrever frases curtas...
uma palavra me leva a outra...
são muitas... tantas...
como eu, que me desenrolo em outras...
tantas... horas... que me tomam...

a tarde escureceu...
o céu azul anil ficou
cinza pálido pesado
metrópole...
são paulo.

de repente,
um malabarista e suas tochas de fogo
me hipnotizam...
e penso em paris...

na menina que ia...
voar borboleta,
na primavera francesa...


paris um sonho...
a ser vivido
le rêve!

eu...
sou a realidade concreta de suas esquinas...
a deselegância desajeitada...
a insônia paulista.

alguém roubou o meu sono.
já não posso mais existir,

assim.

sou pó.
poeira espalhada...
que dança chorando,
a dor que corta o meu peito...

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