quinta-feira, 1 de maio de 2008

uma flor

o silêncio da madrugada
é impregnado de sons que
passaram...

os que virão?
pouco sei eu.

o silêncio que corta a alma,
aquieta também quando se consegue
aceita-lo.

já me vejo tão longe,
e vejo a menina crescendo.
sinto que perdi tantas coisas,
a minha inocência,
que amou na alegria e
não acreditou na dor.

no silêncio me descubro, dor
me descubro femea,
me descubro talvez,
me des cubro,
des coberta,
descoberta!

era preciso caminhar

para se entender
entender-se,
era preciso cair,
tantas e tantas vezes,
para se fazer vida presente,
para se ter matéria prima,
criação divina.

sou violentada pela vida e sua crueza, dureza.

levaram a minha ingenuidade,
minha sinceridade,
minha crença no amor.

mas eu tenho muito mais!

eu ainda sou.

uma flor!