quinta-feira, 29 de maio de 2008

la faute à Fidel



não há dúvida!

a culpa é do fidel!

e isso é tudo!

ps:não deixem de assistir, é bélissimo!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Caminhos para seguir


"O Gato apenas sorriu ao avistar Alice. Achou que ele parecia afável. Mas como tinha garras muito compridas e dentes bem graúdos, sentiu que devia trata-lo com respeito.
- Gatinho de Cheshire - começou a dizer timidamente, sem ter certeza se ele gostaria de ser tratado assim: mas ele apenas abriu um pouco mais o sorriso. 'Ótimo, parece que gostou', pensou ela, e prosseguiu:
- Podia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui?
- Isso depende muito do lugar para onde você quer ir. - disse o Gato.
- Não me importa muito onde... - disse Alice.
- Nesse caso não importa por onde se vá - disse o Gato."

Lewis Carroll
Alice no País das Maravilhas

mais uma vez: as malas...

estancar o sangue
que escorre
do peito
dilacerado,
onde era amor,
e agora,
nada.

ouvir o silêncio,
da sua não voz,
que não me chega mais.

engolir palavras,
tantas,
todas,
que eram pra ti,
e agora,
se calam em mim.

fazer as malas,
uma vez mais.
deixar o vazio,
se abrir,
caminhos que virão,
e eu agora longe de ti.

o que vivi carrego no peito,
que sangra a dor,
deste afastamento...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

a sacola vermelha de alice


a menina,
que era muito pequenina,
levava sempre consigo sua
sacolinha vermelha,
e dentro dela,
uma sapatilha cor de rosa,
a menina que queria ser bailarina,
que pena,
nunca aprendera a dançar,
mas inventou no próprio corpo,
sua dança muda e torta,
que mesmo sem forma
encantava aqueles que
de longe olhavam...

a menina,
pequena, pequenina
descobriu um dia em sua sacolinha,
pequenos homenzinhos de bigode que
cantavam sgt pepers try a little help
for my friends something in the way she moves...
iêiêiêiê...

então dançou,
com seus novos amigos...
guardou as sapatilhas cor de rosa,
rasgou seu titi empolado...
colocou os pés na terra,
e descobriu em si...
a própria dança,
que se escondia no fundo do fundo,
da sua sacolinha vermelha,
adormecida que era,
sua verdade mais cara...

terça-feira, 20 de maio de 2008

casal

ainda durmo com a camisa branca,
que se perdeu nas minhas roupas,
no momento em que eu arrumava a minha partida...

ainda acordo com você me olhando
lá do alto,
da fotografia de um tempo outro,
que fica...
aqui.

ainda disco os seus números,
ainda sei os seus horários,
ainda dói dizer adeus...

e o amor que sempre fica,
e fica sempre,
pra sempre está...

nos olhos de flor daquela que pra sempre vai te olhar com amor...

chão

nada serve de chão,
onde caem
as minhas lágrimas...

o tempo do artista

"O tempo não é uma medida. Um ano não conta, dez anos não representam nada. Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir. O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade."

Rainer Maria Rilke

segunda-feira, 19 de maio de 2008

escorre pelos dedos


o homem que caminha
percebe
que as coisas são feitas de...
tempo
que escorre...

e percebe
as cores cheias
na caminhada
constante de seu ir e vir

o palco vazio,
os sonhos por vir...

o homem que caminha
solitário...
tem tristeza
sabida...
daqueles que já sabem...

e quieto recria
os caminhos...
as imagens
os novos sentidos...

ver o tempo escorrendo entre os dedos...
saber que tudo passa...
que nada fica
e fica tanto...
que fica em mim...
em ti...
em todos nós!

a vida é areia que escorre pelos dedos...

sábio é aquele
que abre bem as mãos...
e deixa a vida passar
por si!

frase "de" domingo:

Hoje era bom se fosse sábado!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

dançarina


o que meu corpo faz,
minha cabeça não pensa.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

That's all!



GIRLS JUST WANNA HAVE FUN!!!!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

las brujas... que no creio, pero que hai... hai!

as minhas amigas são bruxas!
todas elas, assim como eu!
mulheres que cantam a noite,
que sabem a lua,
que enxergam além,
daquilo que se pode ver,
mulheres que invadem o meu sonho,
bruxas que nasceram fadas,
e assim são...
flores...

helenas, valérias, cecilias, robertas, marianas, julias, flavias, ondinas, cintyas, joanas,

todas elas...
espectros de algo que virá a ser,
que será...

um dia eu conto... os seus segredos mais!

encontro bom

meninas telepáticas,
despetalando sensações,
usam meia quatro oitavos,
e fazem poemas de refrigerador.

histeria

a rosa quando quer ser achada,
aparece!

sábado, 10 de maio de 2008

contrafigura


Pero puede uno hacer proyectos? ¿Tanta confianza se tiene en la vida, en la marcha del corazón, en la persistencia del existir? No se si estaré vivo el proximo verano. Quizá sí, pero puede ocurrir que ya no sea el mismo. ¡La vida nos cambia tanto!
Hay seres lo bastante ingenuos como para decir: "Yo ya estoy formado."
Nada está formado, todo fluye hacia un estado distinto, y lo que seré yo mañana puede ser la contrafigura de mi ser de hoy.
Me quedará el nombre, el cuerpo, los datos civiles.
¡Pero lo que cuenta es el alma!

Cortázar, carta a Luis Gagliardi, Buenos Aires, Enero de 1939

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Nair - 17XNelson


Não achas legal um pacto de morte?
É fogo minha filha, fogo!
Eu morreria agora nesse minuto, se...
Porque eu não queria morrer sozinha nunca,
O que mete medo na morte,
é que cada um morre só, tão só...
É preciso alguém pra morrer conosco!
Eu te juro que eu não teria medo de nada,
se tu morresses comigo!


Perdoa-me por me traíres - Nelson Rodrigues

Camino Real - Um sonho a ser vivido!


"Deus bem diga quem já vendeu seu coração,
e aos tolos que amam sem ter razão,
aos muito já perderam,
e mais perderão,
e aos que buscam caminhos,
e não encontrarão..."


Ricardo Monteiro - Camino Real 15/06/07

quinta-feira, 8 de maio de 2008

mulheres


mulheres despedaçadas
fragmentadas
desesperadas.
mulheres de paris,
mulheres que se abrem,
assim assim.
plexos solares,
bacantes dionisiacas.
mulheres que gritam,
que se encolhem,
que colorem a dor,
vermelha da carne,
mulheres do pintor.
mulheres que assassinam,
que abandonam,
que tentam um novo amor.
mulheres que amam,
que voltam,
que se exibem,
que se despem,
que se mostram,
mulheres pinturas,
que são preguntas,
que escolhem o amor,
que sofrem a dor,
mulheres que são meninas,
que são confusas,
que são pequeninas.
mulheres que inventam o dia,
que choram a noite,
que deitam nos leitos,
dos que lhes instigam paixão.
mulheres que fazem de conta,
mulheres lispectorianas,
rodriguianas,nelsonianas,picassianas,
mulheres que são o avesso,
do avesso, do avesso, do avesso,
sendo nua e transaparente,
na paixão que as sucumbem.
mulheres que não se entendem,
que metem medo,
que não se mata a sede,
que não se deixam.
mulheres que inspiram desejo,
que escondem segredos,
que dançam em silêncio.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

egon schiele


perguntas

assim assim sem mais,
sou menos, sou muito,
sou pouco a pouco,
sou passos,
espaços,
e suspiros.

ela era.
ser em criação.
criando espaços,
na claustrofobia da multidão.

ela era vontade de partir.

pra onde?
existira espaço, sempre.

a vida?
je ne sais pas!

who knows?
quien lo sabe?

será que quixote sabia?
caminhos sabia,
por onde se possa ir,
viver o sonho de se ser,
já que é tão dificil,
ser,
um ser...
seremos muitos, juntos,
outra vez.

que vês?
que vês quando me vê?

sou um espaço, precisando, espaçar-me
como água, que precisa correr...
cachoeira...
deixa desabar!

sou isso?
ela era?
nada é.
tudo se inventa,
até a própria dor.
o amor.
tudo pura invenção.

sou então...
atos de criação,
inventada,
pela menina,
flávia.

a dois

o outro.
quem é?
espelho de mim.
o outro.
mais uma versão do eu.
o outro.
que vê.
mas, não me vê quando me olha.
o outro.
que quer me possuir.
pra eu deixar de ser...
eu... e ser somente o outro.
que não me entende.
que não sou eu.
e sou.
se existo apenas,
no outro.
sou da relação.
mesmo que seja doença.
estou doente.
no outro.
que me vê com medo.
que eu ameaço.
que me ama.
e eu amo tanto.
no outro.
com ele.
sem ele.
a dois.
só acredito assim.
se for a dois.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

petit gateau


descobrir-se assim,
no caminho que nos é dado
a descobrir-se.
revelar-se, e poder ser
aquilo que é. que somos.
desembaçar a imagem,
e poder enfim amar,
com todo amor que se tem pra dar.
aprender a viver, conviver,
elas.
meninas que foram, tão mulheres,
tão intensas, dois furacões.
tão ligadas, por algo que não se pode tocar.
virgens.
sonhadoras.
sempre confiei no amor.
amor é aquilo que fica.
por que amar eu posso até o resto da minha vida.

que encontro bom.
que saboroso poder divdir contigo,
um petit gateau!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

uma flor

o silêncio da madrugada
é impregnado de sons que
passaram...

os que virão?
pouco sei eu.

o silêncio que corta a alma,
aquieta também quando se consegue
aceita-lo.

já me vejo tão longe,
e vejo a menina crescendo.
sinto que perdi tantas coisas,
a minha inocência,
que amou na alegria e
não acreditou na dor.

no silêncio me descubro, dor
me descubro femea,
me descubro talvez,
me des cubro,
des coberta,
descoberta!

era preciso caminhar

para se entender
entender-se,
era preciso cair,
tantas e tantas vezes,
para se fazer vida presente,
para se ter matéria prima,
criação divina.

sou violentada pela vida e sua crueza, dureza.

levaram a minha ingenuidade,
minha sinceridade,
minha crença no amor.

mas eu tenho muito mais!

eu ainda sou.

uma flor!