domingo, 31 de agosto de 2008

a pergunta do amanhã

hoje eu não tenho nada
hoje eu sou só pergunta
pra resposta do amanhã
hoje pra mim não há resposta
Ela se esconde em alguma parte
que eu não sei
Então eu me levanto
com a angústia da manhã
que me saúda mais uma jornada,
mais duas pernas,
e somente duas,
não mais,
para continuar o meu caminho,
a perguntar-me perguntas
sem respostas
ainda hoje,
mas amanhã elas virão
e a única sorte que resta hoje
é que já amanhã
hoje será ontem
e isso me dirá
que o tempo é implacável
e ele passará a despeito
de qualquer que seja
a pergunta que me mata
na espera eterna
do amanhã,
que iluminará!

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