sexta-feira, 28 de março de 2008

poeira

Eu que não quero estar
vou para lá e ver se desapareço!
Sou poeira e devo então,
espalhar-me!
Não pertenço por que já não caibo,
sou avesso querendo ser espelho
sou torta e se tropeço desembaralho,
turvo a lente dos que olham.
Sou poeira e não retenho nada,
sou um constante inciar,
um vazio a cada aurora.

Vou então cruzar o mar,
ser nada aqui ou nada lá,
tanto faz!

Nenhum comentário: