sábado, 1 de março de 2008

antonia!

era tudo cor de rosa,
por que meninas são rosas...
vinho tinto esparramado na mesa torta de um bistrô francês
gateau du chocolat por que é preciso glicose na corrente sanguínea das bailarinas...
por que é preciso acalmar esses corações pereguinos!
e uma delas carrega Antonia em seu ventre!
Antonia que é nossa, que é gerada por todas nós!

Elas falam de poesia e política como se fosse da mesma natureza,
e não eram... eram... são...
no país de alice, maravilhas maravilha, vive um gato traicoeiro que carrega a chave de um caminho outro,
tão buscado e sonhado pela menina do vestido azul...

e a queda a carrega para outros mares,
e ela se apaixona pela queda...
e se deixa levar...
e no caminho há flores falantes
e palhaços que parecem anjos
e anjos que são demônios
e demônios que são inocentes...

ah corpo despudorado este que eu habito!
corpo de menina cor de rosa...
como a rosa...
entre os dentes...
na boca...
que chora uma dor que nem se quer se sente!

ah meninas... sempre tão valentes, se escondem em homens
grandes, enormes, com sua altura, suas barrigas, sua onipotência, veemência e doce opressão... mas o que querem essas flores... borboletear... suas asas, seus arroubos de paixão...

criar um novo mundo...
uma nova gestação,
e por que não antonia,
que hoje nos salva!
amém!

que seja doce o nosso amanhã!

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