sábado, 13 de junho de 2009

um resto que resta

A minha tristeza
está escrita em mim
E não me escapo
Me reconheço
No olhar baixo

Perguntas ao solo,
O quanto me resta?

As lágrimas,
Ainda choram
um choro infantil,

Me choram manhãs,
Onde não conheço
as perguntas
para de mim escapar,

Queria ser grande,
E ser muito mais bonita do que sou,

Pintei minhas unhas de vermelho
Para sentir-me fêmea forte

Me escondo em minhas palavras
Circulares,
Onde não digo muito
Nada,

E procuro caminhos
desencontrados...

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