quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Solitude!


Já sei tão pouco agora
Que não sei mais
Agora o que sei é que
Sabe mais a vida de mim
Do que eu da vida que tenho
E me encontro fraca,
calada e amputada
E por isso me perco
Alice desesperada
Mas afogo o grito
Dentro da boca
Não há outro alguém
E o barulho da minha voz
me aborrece...
Há um outro alguém
Ele vem de tempos em tempos
E me confunde as certezas
Em Paris o céu chora
A chuva cinza
A solidão é personagem
Do meu mais novo romance
Que lê em minhas páginas
As novas formas de um corpo feminino
A chuva cala
E traz em seu pranto
A unidade repleta
Do solo!

Nenhum comentário: