quarta-feira, 5 de novembro de 2008

capitulos

A onde estará Paris?

Começo aqui, essa história, que é minha e dela e que agora passa a ser sua.
Divido-a com você e espero nesse encontro, encontrar abrigo e ouvidos, mas já lhe digo antes de seguir adiante nas próximas páginas que virão, que nada há de extraordinário, nenhum assassinato a ser desvendado, nenhuma grande culpa, ninguém virá salvar o mundo e os amores são como os de sempre, com começo, meio e um doloroso fim. Então meu caro amigo, confesso já no inicio da nossa relação, que esse texto segue na necessidade vital desta que o escreve de transformar fatos em imagens, realidade em poesia, vida em história. Que desde muito nova, Alice não gostava de ser de verdade e inventava em silêncio várias outras pra se fazer uma nova imagem. Com cabelos escorridos, acastanhados e com mechas louras que reluziam ao sol, Alice tinha franja pesada que quase encobriam os pequenos olhos da menina, que eram meio puxadinhos, profundos e fundos, cheios de histórias da imaginação. Com muita dificuldade de se fazer entender, Alice preferia os passeios solitários que dava em cima da sua bicicleta azul ao redor da grande casa. Se estivesse sozinha, poderia estar a onde quisesse e com certeza ela não queria estar onde estava, queria estar um pouco mais ali, um pouco mais adiante, em um outro lugar, quem sabe: Paris!

Um comentário:

Miss Blue disse...

Saudade louca de ti. Sempre acompanho teu blog. Adoro tua poesia e delicadeza. Beijo bem grande