quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

a passagem


chove em paris...

já é noite, há muito tempo...

me custa tanto, cada momento, cada passagem...

e já não sou eu quem colore sua arte

chove em paris... e a onde mais?

onde as pessoas se encontram?

nas passagens de um canto ao outro...

encontros e desencontros...

quero caminhar!

chá frio na xícara, cigarro apagado no cinzeiro, coldplay na vitrola...

sigo a caminhar...

no frio deste inverno tão longo...

minhas palavras estão cheias de melancolia...

há um portugal dentro do meu peito...

será que te encontro mais uma vez?

ou a efemeridade dos dias me levará cada vez mais longe...

e por onde quero caminhar neste camino real?

chove lá fora e a água vira gelo que endurece o sangue que corre nas veias...

e pessoas são encontros pra sempre...

é preciso manter o peito aberto e a mente livre.

e pelo que lutamos e pelo que morremos?

o que gritamos? o que sentimos...

sentir!

sinto saudades do calor das ruas da minha terra...

sinto-me viva neste frio distante...

já não sou eu, aquela que era...

e quanto passou, e quanto correu por aqui...

nesse dias que terminam em sete... deste ano em que me fiz menos eu e mais sou...

e quantos quero abraçar e levar comigo em minha caminhada sem fim.

quantos... somos múltiplos... somos unos.

chove, talvez neve... talvez faça sol!

vamos esperar...

que tudo é possivel, se a gente acreditar!

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