nunca foi fácil continua não sendo encontrar-te requer paciência
e como se eu conhecesse o caminho dos nossos passos a frente
espero te calma e silenciosa porque sei do nosso inevitável reencontro
mas não quero te gastar quero te fazer pouco pouco
nunca cotidiano sempre dia de festa gravata e vestido novo
telefone que toca e não encontra você liga e eu não atendo
eu te ligo e você não atende até que uma hora é novamente possível
meu menino pequeno parisino de lábios pra sempre
de olhos medrosos de passos embaralhados de um querer que recua
e avança tantas e tantas vezes sou moça que veio de longe
a tentar-te o amor mas não te quero no sempre
nos temos quando já não se faz possível mais a tal espera
então me acalmo para poder de novo entregar-me a eternidade
desse sentar lorquiano das moças que ficam na calçada a espera
desse amor sem nome sem rosto mas com o gosto que elas tanto se lembram...
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