quarta-feira, 8 de abril de 2009

ao vento


algum outro lugar inventado de palavras existia escondido no sorriso que aparecia na timidez da boca tua

um lugar possível

onde o impossível encontrava sua cama para deitar-se largo e exato

para espreguiçar preguiçoso mesmo que curioso

dos contornos da minha carne fresca

era eu musa dos seus sonhos tropicais?

era eu algum lugar talvez

em sonhos sonhados em noites frias e distantes

sorriso velado e medroso

passos calculados e meticulosos

de uma dança estendida nos minutos de uma espera infinita

faço o que eu senão esperar-te

ainda e sempre e mais

que já nem sei mais a quem espero

ao vento talvez

que ele então me leve fresca e leve

sempre além.

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