sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

esse cheiro de coisa sem nome

e então
era agora esse cheiro de mar
em plena cidade aberta
esse cheiro de alcool
em mais uma manhã cinza pálida

e procuro incessantemente
algum tipo de significado
significância
por que não existe algum
e eu estou cansada demais,

enfim
era assim esse cheiro de flor
que vinha do cemitério ao lado
de violetas de mortes passadas
e amarelo de um novo amanhã

e qual seria esse meu talento
e onde estaria esse meu amor?

novo amor
vem logo me encontrar
o vazio me afoga
e eu nado nada
nas suas correntes frias de ar

sou quem?
pra quem?
a que horas?
em qual estação?

mais uma manhã fria em são paulo

em paris

ainda chora um inverno gelado

Nenhum comentário: