terça-feira, 23 de setembro de 2008

um girassol em paris

Então eu adorei assim o jeito que ele chegava, todo atrapalhado com suas malas remendadas, o seu chapéu já tanto gasto e o mais amarelo girassol em suas mãos de carinho.
Era pra mim!
Era a mim que ele procurava.
Imagem que ficara embaralhada, atrapalhada... na sua memória já um tanto apagada de inúmeras e alucinadas viagens que fizera sua alma.
E embora aquela tarde fosse assim pra mim um tanto triste, quando vi a sua figura de gajo peregrino vindo em minha direção não pude recusar-lhe o meu mais belo sorriso e minhas mais sinceras lágrimas, e dei assim a este gajo desvariado o pouco que me restava, mas lhe dei de verdade...
Por que era de verdade aquele encontro esperado e foi-se fazendo real a cada passo, e virando gente e virando palavra e virando cansaço, edredon empoeirado e carinho enamorado...
e de repente... despertador... despertando toda a minha dor... já era hora... Adeus querido, vai com Deus e que os anjinhos te acompanhem meu bem...
E agora cá estou, só, mais uma vez...
Escuto as músicas que deixaste pra mim que me acordam todo dia e me dizem sorrindo que a vida vale sim a pena de sempre se dizer mais um sim!

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