sexta-feira, 13 de junho de 2008

primavera...

e se és exatamente a mesma coisa o instante e a eternidade,
entao seria o mesmo a distância e a proximidade,
e se os opostos sao pares que nao se largam,
somos agora amor e morte,
mas serao estes opostos?

tambem eu nada sei,
e por ser assim ás vezes tao virginiana,
gostaria de dar os passos certos em todas as direçoes,
gostaria de cumprir com todas as minhas promessas...
mas desde ja experimento a vida e seus muitos caminhos
e me coloco entao no meu hulmide tamanho de serva do acontecimento,
entao, que ele venha e me carregue,
que eu seja essa e muitas e tantas
e por vezes nada
para poder descansar no silencio do nao ser,
na inquietude do nao saber,
nao saber o que sera...

mas sei que carrego comigo impressoes acumuladas
neste corpo que me leva a passear
por tantos e tantos lugares,
que me leva a ver o mundo
que é tao extremamente grande e encantador,
repleto de novas formas de falar palavras,
repleto de novas fotos de enquadrar a realidade,
que nao existe e se existe se dissolve
no sorriso do gato listrado que me indica o caminho do desconhecido...

sou agora uma estrangeira em terras que nao me pertencem,
saudade entao é grande companheira de mtas horas em silencio...
mas fotgrafei na minha memoria muito bem tudo aquilo que fala a vida e sei muito me demorar
na visito dessas fotos,

aqui tudo caminha em bicicletas floridas de um novo amanha
carregado de memorias que nao me largam
e me fazem eterna de tras pra frente
na certeza do caminho...

uma flor,

e seu constante despetalar.

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