quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

o começo de uma saudade...

A chuva é namorada graciosa da cidade cinza e verde. Ela dança bonita do céu ao chão. Roda como menina. São Paulo é todo meu coração. São Paulo é meu ar de respirar, é em mim paixão! Descobri que São Paulo é verde, e que existe aqui ainda, viva e sorridente, a nossa mata Atlântica, e que Paris é linda mesmo, mas não tem o verde do meu Brasil e nem as árvores selvagens que gritam do solo machucado dessa minha cidade em ebulição.

E veio 2009, novo ano, nova idéia. Chegou calmo em meu coração. Tenho aprendido aos poucos a caminhar no deserto. E aprendi que amor encontrado, é milagre! Estou a espera de uma estrela que caia...

Mas eles, antigo casal, contiuaram se amando para todo sempre. Inventaram um novo jeito, e ainda conseguem exitir com a mesma força de sempre! Eu vou torcer em silêncio por eles... Pra que eles não deixem nunca de ser...

Caminhar no deserto exige fé. Dias a fio. Um tremendo vazio. E o alimento vem de dentro, de algum lugar que eu nem sei. Mas a força fica cada vez mais forte. Não se vai a lugar nenhum sem acreditar. Eu acredito muito na vida, eu acredito muito no amor. Eu amo muito os que eu amo e aqueles que no futuro amarei. Eu nunca deixo de amar ninguém...

Ontem andei pela Avenida Paulista de madrugada, tão bonito... Vou sentir saudades. Estava eu lá e ele. Meu amigo, irmão, com quem posso me sentar e me esvaziar de todas as palavras. Vou sentir saudades dessas conversas eternas que há muito tempo começaram, quando a gente ainda sonhava sem saber o que sonhava, só sabia que sonhava e que aquilo impulsionava. Ainda continuamos sonhando, cada vez mais calados...

Acho que na minha vida todo mundo que passa, passa dançando, girando voltas no compasso de um eterno carrocel...

A vida gira gira gira...

Só faz sentido se agente souber dança-la!

Paris...
É pra onde eu vou mais uma vez partir...
Que história maluca foi essa que eu inveitei com Paris...
Nem eu mesma sei...
Só sei que a amo, e que ela de alguma forma já existe em mim...
É estrangeira desse corpo que dança a saudade...
Saudade é sempre eterna, amor é sempre pra sempre.
Quero amar todos os olhos que se escondem atrás... dos balcões!

Quero amar o meu amor pra sempre!

Meu pai hoje mais uma vez me disse que eu devia largar o teatro, e arrumar uma ocupação e um noivo decente. Eu disse a ele então, que não poderia continuar o jantar, pois ele havia sido mais uma vez muito desagrádavel, e subi para o meu quarto. Acho que ele nem precebe o quanto ele me machuca agindo assim. Também sei que ele não faz isso por mal. Que faz porque me ama. Mas deveria ser um grave pecado tentar matar os sonhos de alguém, mesmo se for por amor e preocupação!

Eu sou uma idealista! Que me alimento de sonhos e causas impossiveis! Eu quero sim tocar o extraordinário! Eu quero morrer pelo teatro. Eu quero amar os amores impossiveis. Ser adulto? É inevitável, por isso eu sou, mas a minha luta é para me manter firme e continuar mesmo que no deserto, a crer.
Fé pura de criança. Mesmo com todos os milagres escondidos, eu acredito e acredito que uma hora de súbito eles me assaltarão e me darão novamente o êxtase dos nobres acontecimentos!

A vida é muito curta, passa rápido e é por isso que eu quero vive-la sem medo!

Sem garantias!

Eu quero aprender a voar!!!

Eu vou!

O resto,
é milagre!

Amém e Feliz ano pra nós!

2 comentários:

Aline Baba disse...

às vezes eu até me assusto de como a getne é parecida... quero morar em um teatro e viver rodopiando.

Adoro ler seus posts...

saudades querida.

Felipe Vaz disse...

la vai voce!