fomos massacrados.
caindo no campo, um a um.
de azul, em listras, em céu anil, em esperança,
não restou nenhum dos nossos sonhos,
atravessamos um oceano de latinas lágrimas,
de volta para casa,
sensação de esperança roubada,
sensação de impotência,
impotência de uma beleza rara,
das pernas que dançam,
da raça dos que tem menos
da vontade dos que querem mais!
um, dois, três, quatro,
frieza e objetividade,
destruindo os chicos de diego,
caídos no palco verde de um sábado a tarde,
noite de terça,
mais um dia em que não se fez américa,
mais uma luta perdida,
de vitória alaranjada,
esbranquiçada, feia e sem graça,
ausência de milagres,
a gente só queria fingir
que quem vem do lado de la (de ca)
é mesmo mais feliz,
não é...
não é?
vamos vamos vamos!!!
hermanos! de azul! em coro!
vamos embora pra casa...
que a dança, a beleza, a esperança,
os ares de vitória, de uma grande mudança,
dessa gente latina, desse imenso sul azul...
hoje acabou-se... em gritos laranjas,
sem molejo, sem graça, sem samba
choremos então unidos,
nesse tango infinito,
brindamos em gritos, soluços
a nossa derrota latina!
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