se a chuva assim se faz senhora,
das nossas horas,
parto agora,
vou-me embora...
será que resta no tempo,
um tempo nosso?
será que resta no espaço,
um canto nosso?
será inverno
esse afastamento?
as flores...
se esconderão...
o jardim,
da casa que avista lá fora,
dorme agora e despetala sua flor...
será o tempo senhor das horas?
será a chuva choro incontido?
olhos emaranhados,
um longo adeus,
há ainda tempo,
sempre ele,
ditando o nosso tempo...
das horas que nos roubam,
meninos que somos todos,
a caminhar em caminhos sem volta,
sempre a frente...
real...
caminho...
pra sempre!
um café,
um cigarro,
uma última dança,
pra bailarina se fazer senhora,
do espaço em que roda,
ronda e sonha,
e ficar presa pra sempre em vossa memória!
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