Margarita Maria
criança
ainda toda
triste inteira
em seu cinza
amarelado
e suas saias
de cobrir vergonhas
ainda não sonhadas
Flor no cabelo
das meninas de Picasso
de olhares deformados
sábado, 30 de maio de 2009
maria augusta
Maria Augusta Sarmiento
tinha os olhos marejados
e as mãos deformadas
feitas por Picasso
Morava em dias cinzas
Com um resto de azul amarelado
Tinha sombrançelhas de desconfiança
E um movimento de devoção inacabado
tinha os olhos marejados
e as mãos deformadas
feitas por Picasso
Morava em dias cinzas
Com um resto de azul amarelado
Tinha sombrançelhas de desconfiança
E um movimento de devoção inacabado
vermelho de picasso
Paris vermelho de Picasso
Dilatado em cores
Outras
Sempre espanta espanha
Sempre um grito
Preso na garganta
Vermelho e baixo
As vezes o feio
Também é bonito
Dilatado em cores
Outras
Sempre espanta espanha
Sempre um grito
Preso na garganta
Vermelho e baixo
As vezes o feio
Também é bonito
nosso orgasmo
terça-feira, 26 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
mulheres de picasso
as mulheres sem rosto
de picasso
sempre me fazem pensar
no eterno
de seus traços inacabados
porque o eterno
é o fio do nunca
fim que finda
infinito no corpo
sem formas
da mulher desconhecida
inacabada e nunca vista
de picasso
sempre me fazem pensar
no eterno
de seus traços inacabados
porque o eterno
é o fio do nunca
fim que finda
infinito no corpo
sem formas
da mulher desconhecida
inacabada e nunca vista
domingo, 17 de maio de 2009
domingo ainda
gosto de paris aos domingos
quando chega o fim de tarde
e o sol vem me dizer bom dia
já na partida
onde você sempre volta
subindo as escadas
escuto seus passos
e corro pra ver-te
espalhar-te em meu sorriso
gosto de paris
ainda nova
ainda estranha
poesia mutante
cada vez menos
cada vez mais
te encontro
me encontro
desencontro
eu que me faço fêmea
nos domingos de chuva,
e sol
quando você me deita
quando chega o fim de tarde
e o sol vem me dizer bom dia
já na partida
onde você sempre volta
subindo as escadas
escuto seus passos
e corro pra ver-te
espalhar-te em meu sorriso
gosto de paris
ainda nova
ainda estranha
poesia mutante
cada vez menos
cada vez mais
te encontro
me encontro
desencontro
eu que me faço fêmea
nos domingos de chuva,
e sol
quando você me deita
fiquei
tudo é tão bonito aqui
que eu fiquei um tempo
e pousei o olhar descendo baixo
e devagar sobre o invisivel
que me apareceu assim
no silêncio do seus olhos
despetalar constante
inconstante,
daquela flor
então
fiquei
que eu fiquei um tempo
e pousei o olhar descendo baixo
e devagar sobre o invisivel
que me apareceu assim
no silêncio do seus olhos
despetalar constante
inconstante,
daquela flor
então
fiquei
domingo
gosto de paris aos domingos
do silêncio e da chuva
ás vezes gosto de estar sozinha
quando sei que você chega
no fim dessas horas
do silêncio e da chuva
ás vezes gosto de estar sozinha
quando sei que você chega
no fim dessas horas
quinta-feira, 14 de maio de 2009
o gosto amargo do doce amor
Tinha agora o amargo deitado em minha boca quente,
e não entendia o porque,
tinha eu descoberto enfim o amor?
E seria então o doce amor já amargo?
Se carregava eu no ventre vazio
todas as perguntas proibidas de respostas,
o amargo seria um certo medo da vida?
O que de fato eu temia?
Quantos trens serão necessários partir para que eu me encontre com Deus?
Quantos livros vou ter que deixar de ler para aprender a me inscrever?
O que eu encontro em você que chamo agora de amor?
Se já sinto o gosto amargo, sendo o amargo bom,
Porque o amargo é a vida que pulsa violenta em meu sangue
que se esparrama pelo meu corpo fértil,
Tantos, novos e eternos quereres...
À quem encontro no fim desta linha férrea?
Você que me chegou assim,
sem nenhum aviso,
sem nem dizer-me bom dia,
chegou-me de noite, menino,
me colocou em sua cama
e velou meu sono,
E tive então coragem de olhar nos olhos
e dei-te mais do que meu corpo quente,
quando me entreguei a ti,
nos mares uruguayos da velha cidade encantada,
dei-te toda a minha alma fria,
minha meninice,
meu dentro escondido,
meu doce fluído,
Mas não te escolhi
E nem me perguntei
Se era ou não você,
E nem mesmo abri espaço,
Foi como o desabrochar de uma flor,
Um dia eu acordei,
E a manhã já era ela a própria flor.
sábado, 9 de maio de 2009
la musique
se tens nas mãos, a música
quero te pra sempre escutar-te
em nosso idílio noturno
de um tempo outro
onde encontro amor
se tem nos olhos, a música
quero refletir em flor
no seu azul que escorre fundo profundo
e lava a face alva que aporta a sua alma
suas lágrimas são agora as minhas
me lavo no seu pranto
e assim me faço pura
seu sorriso,
lugar onde agora descanso
sexta-feira, 8 de maio de 2009
meu desayuno uruguayo
e tinha gosto de desayuno e céu azul
e tinha olhos de anjo
e mãos de mágica
que faziam música
e cantavam um novo amor
a primavera dessa vez foi do lado de lá
chegou assim
de um apanhado de surpresa
corredor vazio,
porta a porta com você
roubaste um beijo meu
e me deste em troca o seu coração
menino,
dos olhos claros,
pele alva,
beijo na boca,
boca tua,
agora é morada minha,
te quero,
e hoje sou sua.
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